Páginas

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Assim como Gabriel – o pensador, também tive muitas dificuldades com a escrita. Lembro-me  que as ideias vinham, mas para colocá-las no papel era difícil. Fazia vários rascunhos e, mesmo assim, não estava contente com o resultado. Quando fiz meu primeiro trabalho de literatura sobre Clarice Lispector na faculdade – precisei apresentá-lo à classe acompanhado de uma poesia, perdi a fala, pois tudo que escrevi fugiu da minha mente. Por isso, hoje quando um aluno não domina a escrita, coloco-me no lugar dele e peço para falar sobre o assunto. Eu o incentivo a ler e depois escrever aos poucos, assim ficará mais confiante.    
Quando ouvi o depoimento da Clair que escreve poesia, fiquei emocionada, pensando que nunca é tarde para escrever seus sonhos, seus pensamentos e suas ambições.   


Depoimento de leitura e escrita

IMAGENS PARA FACEBOOK DE AMIZADE VERDADEIRA DIFICÍL
Depoimento
Olá colegas de curso. Desde cedo folheava as revistas "Seleções" que minha mãe trazia da casa onde trabalhava. Não sabia ler, mas as ilustrações me encantavam. Quando comecei a ler sempre pedia livros no Natal ou aniversário. Na adolescência li quatro vezes "Adminirável mundo novo" de Aldous Huxley, três vezes "A hora dos ruminantes" de J.J.Veiga e pasmem! Sentia muita sede numa certa parte do livro. Por isso cito o maravilhoso educador Rubem Alves: "A literatura é um processo de transformações alquímicas..." Quando trabalhava na escola como Inspetora e, ao faltar algum professor, corria até a biblioteca pegava um conto, pedia para a Vice deixar eu ler para os alunos. Fazia a maior encenação: aumentava a voz, diminuía, andava pela sala só para ver se estavam acompanhando a leitura. Depois pedia para reescreverem a história da parte que mais gostaram. Ah! era muito comovente! Cursei Letras e não parei de ler mais. Leio vários textos para a classe, para minhas netas e às vezes para meus filhos quando o conteúdo é para sensibilizar. Antonio Cândido foi sábio quando mencionou que "A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante".